sábado, 30 de janeiro de 2010

desanda
sobre o canto
descalça
do engano

deixa
cair o pranto

acorda a verdade
de tudo o que cai
sem espera.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


sentados
a tomar chá
contemplamos
a República
que é a praça
da nossa cidade

poema de Ruth e mais um som

(ex) corregar
na (ex) borra (sem) chá
e mais um som
que tenta ser imagem
e Ruth e João
a observarem o horizonte
na palavra
do oco, vazio do discurso
este tão nada, tão torto, tão intempérie-toda
ex-correg-ar
córrego do pensamento
se isso fosse uma solução
não seria uma rima
seria uma trovoada...

sábado, 23 de janeiro de 2010

esborrachada por

um poema

fui.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

vazio

um som quebrado
leva devagar
a imagem pequena

melodia surda
do físico.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

scrabblin´

scrabblin´
circles
da memória
o oco da palavra
tudo nada
absoluto nada
não fosse Saussurre
e os respingos de Bakhtin
a teimar, a teimar e a teimar
nas estepes longínquas
e tão vivas
das daschas
e os campos
que esquecemos de conservar
ou que plantamos em descuido...
scrabblin´
wanderin´
wonderin´
in none of all these years...
absolutonada

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

a parede em frente respira
(d)este silêncio: uma gota
trans-pira ins-pira diáfana
noite ruidosa quebrando o quase vento
da não brisa, brisa, brisa ralando na calçada qualquer
é o sol é o fá é o mi bemol e depois não sei quê
não sei dizê
nem Mario de Andrade saberia, talvez
é o sol é o fá é a distância toda de mim e de ti
neste nunca verso completo
incerto de tanta paixão perspirante, declinante
teu enredo
a parede em frente já afoga o que não respira
e contamina
o meu o teu o nunca nosso pensamento
e porque há sempre sol
é o sol é o fá é o mi bemol de novo não:
quero respirar!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Do nada algo

Do nada
nasce
algo.
Algo com
partilhado.
Algo para muito
ou
para nada.
Nada serve
para nada.
é urgente fazer algo
é absolutamente urgente
fazer nascer
do nada
algo.

do nada

silêncio transtorno subterrâneo subcutâneo transformando transtorno: Palavra
verbo-in-verso
silêncio
arenoso
anti-aéreo
verso

VERDADE
decol-ar-ando
in terras brasilis
infértil
vôo
este transbordo
(com) as palavras